Como as escolas podem abordar o setembro amarelo?

O setembro amarelo iniciou-se em 2014, quando a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organizaram nacionalmente uma campanha que dura ao logo de todo o ano em prol da vida.

E essa campanha teve como ponta pé inicial os enormes números de casos de suicídio que ocorriam todos os anos no país.

Dessa forma, o setembro amarelo vem com o intuito de diminuir a ocorrência dessas situações e prestar solidariedade a vitimas de doenças psicológicas.  

Esse assunto mesmo que em algumas instituições seja um tabu, deve ser abordado com clareza para manter todos informados e ajudar o máximo de pessoas possível.

Por isso, hoje trouxemos algumas dicas de como você pode abordar essa data dentro da sua escola de forma tranquila e amigável para ajudar os discentes que estão passando por momentos difíceis.

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Porque devemos abordar esse assunto nas escolas?

A resposta é simples: Os principais indivíduos que mais cometem suicídio no Brasil são os jovens e adolescentes presentes nas escolas.

É no ambiente educacional que eles passam boa parte da sua vida e vivem inúmeras experiências sendo elas positivas ou negativas.

São as experiências ruins, como problemas com bullying e cyberbullying e frustações com notas, trabalhos, baixa no rendimento entre outras situações que abalam o emocional daquela pessoa fazendo-a ficar decepcionada consigo e desistir de viver.

E por essa razão, o ambiente escolar é o mais propicio para fazer a abordagem do tema e garantir que os alunos se sintam acolhidos.

 Dicas de como abordar esse tema

  • Promova palestras sobre o assunto

A primeira dica é para a realização de palestras sobre o assunto com algum profissional da área.

Com a ajuda de psicólogos e psiquiatras, é possível explicar aos alunos o que é e porque isso acontece e como é possível tratar essa doença que culmina, nos casos mais graves, em suicídio.

Eles precisam ouvir de quem entende que eles estão passando por uma doença, mas que há cura e que eles vão ficar bem.

  • Rodas de conversa

Outra opção é fazer rodas de conversa entre os alunos com o auxilio de um profissional da área, longe de professores e funcionários da escola, para que eles se sintam mais à vontade para se abrir e tirar dúvidas.

As rodas podem ser feitas em grupos de as pessoas com mais afinidade, o que garante ainda mais segurança a quem está passando por problemas de se abrir e relatar o que está sentindo.

  • Campanha de conscientização

É necessário que dentro da sua escola seja criado um ambiente seguro e longe de preconceitos e brincadeiras de mal gosto contra o tema.

Quem está doente, se sentirá retraído e não irá se abrir caso seja alvo de piadas. Por isso, promova além de palestras e rodas de conversa, campanhas de conscientização para explicar a todos que isso é doença e não frescura e que não é passível de brincadeirinhas.

Mostre aos alunos que este é um momento de ajudar e não de zombar do colega.

  • Faça cartazes

A equipe da escola ou os próprios alunos podem confeccionar cartazes com frases positivas, recadinhos, números de psicólogos e o número do Centro de Valorização à vida para as pessoas que não querem falar com ninguém daquele espaço tenham uma chance de pedir ajuda.

As vezes eles só precisam de uma palavra amiga para consola-lo e se sentir forte e amparado.

Além disso, peça aos professores que fiquem atento a sinais. Alunos quietos, cabisbaixo e que interagem pouco podem estar avisando que estão mal. Nesses casos, é muito importante uma conversa para entender o que está acontecendo.

E não se esqueça, a prevenção do suicídio deve acontecer o ano todo. Cuide e zele da vida e bem-estar dos seus alunos sempre!

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